terça-feira, 8 de março de 2016

Girls Just Want To Have Fun





Muito antes de Hope Solo, Abby Wambach, Alex Morgan ou Marta um grupo de pioneiras estava determinado a provar que mulheres também podiam jogar futebol, que também poderiam jogar num campeonato internacional. Elas mostraram que um Tabu de quase 50 anos podia ser quebrado já que a primeira Copa do Mundo de futebol masculino foi disputada em 1930 e a primeira Copa do Mundo de futebol feminino foi disputada na década de 90 e é assim que começa a historia dos Estado Unidos na primeira Copa do Mundo de futebol feminino de 1991. A primeira Copa do Mundo de futebol feminino foi disputada na China em 1991 com doze times de seis confederações diferentes, são eles :  Nigéria, China PR, Japão, Chinese Taipei, Brasil, Nova Zelândia, Dinamarca, Alemanha, Itália, Noruega, Suécia e Estados Unidos.

As americanas caíram no Grupo A, no primeiro jogo ganharam da Suécia por 3a2, adversário mais forte do grupo, no segundo jogo golearam o Brasil por 5x0 e no último jogo da fase de grupos ganharam do Japão por 3a0. Na fase seguinte, nas quartas de final os Estados Unidos não tomaram conhecimento sobre Chinese Taipei e lhe aplicaram um goleada por 7a0. Na semi-final os americanas passaram pela Alemanha pelo placar de 5a2. Na grande final os Estados Unidos ganharam da Noruega por 2a1, e foram as primeiras campeãs da Copa do Mundo do futebol feminino. A Copa do Mundo trouxe bons resultados, não só pelos bons jogos mas também pela média de público que foi muito boa.

Equipe 

Goleiras

Mary Harvey (United States UC Berkeley, NCAA)
Amy Allmann University of Central Florida, NCAA)
Kim Maslin-Kammerdeiner (George Mason University, NCCA)

Defesas

Carla Werden (Overbeck) (University of North Carolina, NCAA)
Lori Henry (University of North Carolina, NCAA)
Linda Hamilton (University of North Carolina, NCAA)
Joy Biefeld (Fawcett) (UC Berkeley, NCAA)
Debbie Belkin (University of Massachusetts Amherst, NCAA)

Meia-Campistas

Shannon Higgins (University of North Carolina, NCAA)
racey Bates (Leone) (University of North Carolina, NCAA)
Mia Hamm (University of North Carolina, NCAA)
Julie Foudy (Stanford University, NCAA)
Kristine Lilly (University of North Carolina, NCAA)

Atacantes

April Heinrichs (c) (University of North Carolina, NCAA)
Brandi Chastain (Santa Clara University, NCAA)
Michelle Akers (University of Central Florida, NCAA)
Carin Jennings (Gabarra) (UC Santa Barbara, NCAA)
Wendy Gebauer (University of North Carolina, NCAA)

Treinador : Anson Dorrance

Artilheiras

10 Gols : Michelle Akers-Stahl
6 Gols : Carin Jennings
4 Gols : April Heinrichs
2 Gols : Mia Hamm
1 Gol : Joy Biefield, Julie Foudy e Wendy Gebauer.



Análise da Equipe 

Com time formado por universitárias, os Estados Unidos tinham uma excelente equipe na Copa do Mundo de 1991 e mereceram ganhar o torneio. Carin Jennings (que se casou com Jim Gabarra, que foi jogador de futebol dos EUA nos anos 80) foi a melhor jogadora da Copa, a artilheira da Copa também era americana : Michelle Akers com 10 gols, a seleção americana ainda contava com Mia Hamm, todas as três se tornaram lendas do futebol feminino e até hoje estão no grupo das melhores jogadoras de todos os tempos.

Análise da Competição 

A Copa do Mundo de 1991 teve um bom nível, a prova é que muitas das jogadores que disputaram a competição se tornaram ícones no esporte, o futebol feminino teve um grande boom na década de 90 não só pela criação da Copa do Mundo mas também pela inclusão nas Olimpíadas, tendo  sua estreia nos jogos Olímpicos de 1996 em Atlanta, Isso tudo ajudou também nas profissionalização no futebol feminino nos Estados Unidos e em alguns países desenvolvidos, principalmente na Europa, Asia e Oceania.

Outras competições 

Antes da primeira Copa do Mundo de futebol feminino foram realizados torneiros internacionais (não oficias) durantes os 70 e 80, nos anos 80 foram criados Mundialitos que foram oficializados e serviram como base para Copa do Mundo. Na Inglaterra durantes o breve período entre os anos 20 e 30 as mulheres já jogavam futebol, infelizmente a federação do país baniu o futebol feminino.

Nos Estados Unidos onde o futebol feminino é mais valorizado houve várias tentativas de profissionalizar o esporte principalmente na metade da década 90 quando aconteceu o grande boom do esporte, essa luta dar-se conta graças a Lei Title IX que diz que Nenhuma pessoa nos Estados Unidos deve, com base no sexo, ser excluído(a) da participação em, ser negado os benefícios de, ou ser submetido(a) a discriminação em qualquer programa de educação ou atividade que receba assistência financeira federal.

National Women's Soccer League

National Women's Soccer League atualmente é a liga topo dos Estados Unidos, é uma das mais fortes do mundo e tem se desenvolvido muito bem.


Previsão 

Apesar de mutias conquistas e lutas as mulheres enfrentam muitas dificuldades e no futebol não é diferente,  a ainda muito machismo no futebol principalmente no Brasil que por vezes já tentou criar  uma liga de futebol feminino e algumas vezes até de maneira cômica, mesmo assim eu tenho uma boa visão do futebol feminino no geral, movimentos feministas tem crescido muito, principalmente com as novas redes e mídias sociais. Outra coisa que vai ser muito benéfico para modalidade é a criação de jogos eletrônicos com o futebol feminino que já começou, em 2015, e isso é muito bom porque vai introduzir o futebol feminino na cultura das próximas gerações.

Um comentário:

  1. Obrigada por valorizar o futebol feminino e pelo teu trabalho e empenho que auxiliou e auxilia muitas mulheres a conhecerem e defenderem o feminismo.

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